domingo, 30 de novembro de 2008


ápolodioniso meu,

ropiam e giram em dança frenética e alucinada ao som de três sinfonias dissonantes
loucura ardor e desrazão
odaliscas e bodes-focinho-de-alecrim
silvícolas pintados do sangue e suor de guerra
assassinos e pigmeus
ermires de turbante azulpretume fossa marianas
tarados, pedófilos e estupradores fugidos, punidos mil vezes trancafiados
e mil vezes mais não arrependidos
em mente sã minha.

no palco do oficina
aplaudiram todos os voyeurs sobre a beleza do ritual macabro paraíso encarnado fumaça
e luz dourada
o cristiano pelado.

PELADÃO

palmas de pé.

e seguem os guinchos cantos das cabras de membros agigantados e entumescidos:

vou indo agorinha mesmo tomar ayahuasca
nos encontramos nos meus delírios.

andré.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

voz quando entras, recebe toda esperança

Un momento cuando los transexuales estan en el poder y todos los religiosos son sus servientes. Todo es parte de la historia. Del assessinato de Dios en la tierra a la mierda que un rabón araña en la obscuridad. Bogotá 2006


pô(i)s bem meu bem, a coisa começou, e começou tão lentamente que nem percebi como foi se aprochegando no xamego de um carinho ou de um afago - um sopro na nuca, um leve quase-inocente roçar de arrepios - e devagar tão divagar foi tomando pela mão de um Pai mítico e jogando na Pista, a(s)cendendo viagens vulcões e poesias, do desejo inebriando de beleza a figura tão sedenta, que se deixando lavar foi lambuzada no tempo, cheirando doce aerosol ban(d)ido, saudado- salgado a cada vez por aqueles portões hiponapoleônicos, invocando promíscua permissão enquanto entrando na ciranda das pétalas do Exu de Duas Cabeças o temp(l)o do zEus CésIo, radioterapia-chapa para os retos humanos, restos das ardorosamente devoradas enquanto banhados no merd'ouro da mais fina pica-flor brotante desse solo de banquetes bacantes bigornas ressonantes de tesões e ereções, de guerras cada vez mais, e mais, e ainda (ah!, gemendo longo ah!) mais quentes pachamamas, desejada mãe-Ahayuasca suspensa em suicídio vivo por um Sol transbordante da matéria fina e ungüentosa (e goza!) com que são feitos não os sonhos nem as ilusões mas as baterias elísias de um "vamos voar" tão sedutor, tão ar e dor, tamanho gesto amplo também no rubro-líquido TESÃO da Teatro, que se deixa invadir e penetrar (espermática maternidade!) na penumbra de suas entranhas por camas foguetes e fiéis no esfumaçado Expiatório - e o que soa sua sua água bendita no pequeno pedaço de papel inc(T)enso queimado, fio filho que displicente flutua e transfigura ao entrar numa poça de sombra, antes de reaparecer no eclipse de luz com moldura de andaimes, fonte e conc(s)ertos, até ser soprado e aspirado para entranhar e extranhar ainda mais o que tinha sido um dia tão importante (ainda) sempre (,) tão exterior - AaaaaaaaaaH o momento que não se detém pois de tão belo tão nuvem subsiste por Todo os momentos no coração como um país habitado por quixotescos gigantes gulliverianos, e nas imagens - sacas a linha que de minúscula cruza e roça o corpo enorme, força e forca repousada de sangue e co(eu)r domado pelo sêdico alfinete-espada cravado na terra, nos sertões sem eira nem beira Tempestuosa Viola deixando o mar nesse beijo melado e como antes, lambuzado come antes, entorpecido pêlo doce e pelos chei(r)os, pelos olhos negros que se desvelam como buracos negros, atraindo e destruindo posse e pessoa, deixando respirar e do(ur)ar a dor de ser e estar ar; e se despojando de ssapatos e tecidoss, cármina e kármica cobra de nova pele, antropofagizar nesse cútero imenso e renascer (es)perante e exasperante com a chance de mais uma vez (m)amar (n)as tetas imensas, gozosas, gloriosas, gregorianas e samsanianas, e em mais uma chance, implorar, ajoelhar, se deitar, se mijar de cu pra lua quente narguilé, (en)volto (en)volta evoca - caga! - pelos galináceos chilreios e ronronares enquanto tão nu ebó, tão pequeno e banquete, tão prazer e sacro-ofício, balsâmico absinto, dançar como fizemos todos no ventre materno, virgem como cada luz que escapa desse bucetão, primeira porta, primeiro ventre, água primeira, líquido inspirar e líquido dejetar desejar líquidos dionísios, flutuando usyna, hospital-oficina, parteira prenha zona, sonha e ganha bicos-becks sangrando puros merda e ouro-de-leite ainda que estancados s(c)em facadas, c(s)em fachadas, sem fechadas. Nu como puta, nu como poeta.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O início


E a nossa conversa foi até à uma hora da manhã, com direito a webcam e microfone. Ri, como fazia tempo que não o fazia. Resolvi que seria a primeira coisa do dia a fazer, antes de começar a pesquisar jurisprudência sobre inconstitucionalidade de quebra de sigilo bancário...esse detalhe mostra como a minha vida rodou,"Roda mundo, Roda gigante, Roda moinho,Roda peão". E sei sim como começar essa bagaça. Porque já que o pano de fundo principal tem que ser os anos rebeldes em Campinas, incluo o meu, que se inicia conhecendo a Di. Foi ela a culpada de tudo!!! Tô brincando, já era mera suspeita que tudo correria desse jeito. Pois quando resolvi ir pra Campinas foi justamente por causa da liberdade que tanto procurava. Não conhecia ninnguém , só um ser do jornalismo e um ser de Campo Grande, o já amigo Cris. Este último tinha passado no curso de música da Unicamp e nunca mais tive notícias. Não saía, mas ficava em casa curtindo o meu baseadinho. Andava pelo centro, frequentava os sebos e ia até num cinema tradicional que se localizava no centro de Campinas. Era isso, balada não, nem sabia o que se fazer nesses casos. Havia ido a um bar, que depois se tornou minha segunda casa "Delta Blues Bar", e como fazia tempo que não saía, consegui chamar a atenção da moça com os meus cabelos encaracolados na cara e os pés descalços, dançando loucamente na frente do palco. Foi lá que ela me viu ali pela primeira vez, e eu a vi na xérox da Puc-Central, estava lá xerocando sei lá o quê, enquanto ela estava comprando ingressos para uma festa no Jah. E eu comentei: -Putz queria ir nessa festa!, e ela daquele jeito Di de ser, sorrisão na cara: -Vamô com a gente! Onde vc mora? Eu moro ali perto do Giovanete, aquele na frente do Furlan....(anotou o telefone num papel), me liga!

Na mosca, comprei meu ingresso e fiquei na dúvida se poderia levar um baseado nessa parada. Mas levei-o, chegando no ap. da Di, conheci um monte de gente, ela me serviu um vinho e meio sem graça perguntei se podia bolar um...e ela:- Opa,vc é uma das minhas!!! E foi assim que tudo começou, e é assim que fiz muitos amigos em Campinas, e sem hipocrisia, é a melhor forma de se construir uma amizade! Depois desse dia, me dei tão bem com as pessoas do ap. da Di, que em menos de seis meses já estava morando lá....mas isso é pano pra manga pra outras histórias. Registrado.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

]grande Machado e(x)Stend(h)al, hoje e sempre[

Tesoura Rotativa Pneumática



Eu perguntei: por onde vc começaria? Ela disse: que pergunta é essa. Entendi que quem não sabia a resposta era Eu, ela a sabia muito bem, e de antemão. Talvez tenha soado como um recorte, como uma tesoura a rasgar figuras em fotos; e este é um método estúpido. Resolvi olhar diferente: talvez sempre s(o)(u)emos como tesouras. A possibilidade do descrever não é. E.

eu percebi: Ela estava linda. e leve, e suave. como Ela. Sempre linda. e. É.

e Rimos. acho com toda a certeza: Resposta

Sempre rimos Juntos. Ela sempre me fez rir, e muito. Sempre um sorriso em sua mochila cuidadosamente velha. E quando acordava nos ares da metrópole-guarany a luz, e juntos empunhávamos Jáh de saída, Jáh de vários, Ah!!!!

Como éramos, como éramos bons!!!!!

E ainda Rimos. Ainda hoje, e de tanto, e tanto, sempre e tantos nós...Como que engraçados, nossos Amores e nossos pecados.

Comece, come-se, coma-se agora, texto e líquido, pó, tabaco, fezes, salivas e urinas, risos e espadas, fumaças, tiros, rebeldes e aquarius.

VÁ!